Espírito de Natal

Em agosto de 1914, começou a Primeira Guerra Mundial. Os governos envolvidos, a opinião pública internacional e, principalmente, os soldados convocados julgavam que seria um conflito de curta duração. O Natal chegou, e a guerra não deu sinais de arrefecimento. Duraria até 1918 e semearia as raízes da segunda grande guerra, ainda mais longa e sangrenta. Um lado pouco contado do conflito é assunto da edição atual da revista História Viva, nas bancas. O jornalista francês Eric Pinças entrevistou o historiador Rémy Cazals, co-autor do livro Irmãos de Trincheiras, ainda não disponível no Brasil. Naquele Natal de 1914 e no dos anos seguintes, inimigos que lutavam próximos uns dos outros, abrigados atrás de trincheiras, tapeavam os oficiais e celebravam juntos a festa cristã. Na trégua, chegavam a jogar futebol, já que os ingleses sempre levavam uma bola. Cartas de soldados relatam essas tréguas – algumas fora da época natalina, diga-se. São comoventes.

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