Israel bombardeia Ministério do Interior na Faixa de Gaza

dezembro 29, 2008

Caças israelenses bombardearam alvos na Faixa de Gaza nesta segunda-feira, pelo terceiro dia consecutivo, atingindo locais-chave ligados ao grupo militante Hamas. Os mais recentes foram o prédio do Ministério do Interior e a Universidade Islâmica, um símbolo do Hamas.
A ministra do Exterior de Israel, Tzipi Livni, disse que Israel está determinado a “mudar a realidade” em Gaza, em meio a expectativas de que pode lançar uma grande invasão.
Israel diz ter lançado a ofensiva em resposta a ataques com foguetes lançados por palestinos a partir da Faixa de Gaza.
Nesta segunda-feira, dois israleneses morreram na explosão de foguetes lançados por militantes palestinos na cidade de Ashkelon, no sul de Israel.

Informações da BBC Brasil. Leia mais sobre o conflito no Oriente Médio:

http://www.bbc.co.uk/portuguese/pulltogether/s_orientemedio.shtml


Química desvenda segredos da arte

dezembro 22, 2008

Sistema portátil identifica pigmentos originais e retoques em pinturas e artefatos e revela falsificações.

As falsificações de obras de arte estão com os dias contados. Um sistema desenvolvido na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é capaz de identificar os pigmentos originais usados pelo artista, revelando, assim, falsificações, e ainda distinguir retoques em pinturas. Para isso, os quadros e artefatos não precisam nem mesmo sair do museu: o aparelho é portátil e viabiliza a análise de obras cujo tamanho ou raridade dificultariam o transporte a um laboratório.

O equipamento foi desenvolvido pela química Cristiane Calza em seu doutorado no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da UFRJ. Agora a pesquisadora analisa vinte quadros do acervo do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, que entrarão em exposição em maio de 2009. As informações obtidas sobre as telas, feitas por pintores brasileiros do século 19, darão origem a um banco de dados que mostrará quais pigmentos caracterizam a obra de importantes artistas da época.

A técnica usada pelo sistema de Calza é a fluorescência de raios X, que não causa dano ao material analisado. O equipamento é colocado a uma distância aproximada de um dedo da obra de arte ou do objeto arqueológico. Um tubo emite um feixe de raios X que, ao entrar em contato com a obra, provoca a emissão de novos raios X, captados por um detector que gera um gráfico com base na energia correspondente a cada um desses novos raios X.

Como cada elemento químico tem uma energia característica, a análise do gráfico permite identificar os elementos presentes em cada ponto da pintura e, assim, descobrir quais foram os pigmentos usados pelo artista. “Se em uma parte azul da pintura é encontrado ferro, por exemplo, já se sabe que se trata do azul da Prússia, porque esse é o único pigmento azul que contém ferro”, explica Calza.

Em cada quadro, diversos pontos são analisados. Um quadro pequeno pode ter cerca de 50 pontos estudados, enquanto em uma obra grande e com diversidade de cores esse número pode chegar a 500.

Informações do cienciahoje on line


Última estátua de Franco a cavalo é retirada de parque na Espanha

dezembro 20, 2008

Escultura estava em parque em Santander, no norte do país.
Retirada é conseqüência de lei aprovada em 2007.

A derrubada da última estátua do ditador Francisco Franco montado a cavalo que ainda persistia em um espaço público na Espanha foi iniciada nesta quinta-feira (18) em Santander, no norte do país, ante o olhar de dezenas de jornalistas e curiosos.
A estátua, de sete metros de altura, havia sido inaugurada em 1964.
Resta ainda uma estátua do ditador de pé no enclave espanhol de Melilla, no Marrocos, mas a prefeitura já se comprometeu em retirá-la.
No final de 2007, o Parlamento espanhol aprovou uma lei de Memória Histórica para reabilitar as vítimas republicanas esquecidas da Guerra Civil (1936-39) e da ditadura de Francisco Franco (1939-75). Essa lei estabelece, entre outras medidas, a retirada dos símbolos franquistas dos espaços públicos.
Em março de 2005, a retirada sem aviso prévio de uma estátua de Franco em Madri causou alvoroço entre os saudosistas do ditador, que se manifestaram em protesto.

Para saber mais:

www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/periodo-franquismo


Estão abertas as inscrições para contratação temporária para programas de Correção de Fluxo

dezembro 18, 2008

A secretaria de Educação do Estado (SE) pretende ampliar o número de turmas dos Programas de Correção de Fluxo, que visam corrigir a distorção entre a idade e a série dos estudantes da rede estadual. Para assegurar o atendimento, a SE abriu seleção simplificada para contratação temporária de 2.894 professores. A inscrição pode ser efetuada até a terça-feira (23), das 08h às 12h e das 13h às 16h, nas sedes das Gerências Regionais de Educação. Mais informações:

www.educacao.pe.gov.br


Livros pelo ralo

dezembro 15, 2008

leituraUma nação se faz com homens e livros – teria dito Ruy Barbosa. Se assim é, levantamento feito pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que coordena o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) significa muito. A cada fim de ano letivo, em média 13% dos livros didáticos não são devolvidos pelos alunos da rede pública ou precisam ser aposentados em função do mau estado de conservação.
Daí, cerca de 10% do orçamento anual do programa é gasto com a reposição de exemplares. O FNDE mantém campanhas permanentes com as escolas sobre a necessidade de se cuidar bem dos livros. Mas os resultados ainda são precários. Questão de consciência – e de educação.


Espírito de Natal

dezembro 15, 2008

Em agosto de 1914, começou a Primeira Guerra Mundial. Os governos envolvidos, a opinião pública internacional e, principalmente, os soldados convocados julgavam que seria um conflito de curta duração. O Natal chegou, e a guerra não deu sinais de arrefecimento. Duraria até 1918 e semearia as raízes da segunda grande guerra, ainda mais longa e sangrenta. Um lado pouco contado do conflito é assunto da edição atual da revista História Viva, nas bancas. O jornalista francês Eric Pinças entrevistou o historiador Rémy Cazals, co-autor do livro Irmãos de Trincheiras, ainda não disponível no Brasil. Naquele Natal de 1914 e no dos anos seguintes, inimigos que lutavam próximos uns dos outros, abrigados atrás de trincheiras, tapeavam os oficiais e celebravam juntos a festa cristã. Na trégua, chegavam a jogar futebol, já que os ingleses sempre levavam uma bola. Cartas de soldados relatam essas tréguas – algumas fora da época natalina, diga-se. São comoventes.


Um tesouro de 200 anos no fundo do mar

dezembro 11, 2008
O ataque contra a fragata espanhola Mercedes, em 1804, pintado por Thomas Sutherland em 1816. No detalhe, a empresa caça tesouro Odyssey em ação

O ataque contra a fragata espanhola Mercedes, em 1804, pintado por Thomas Sutherland em 1816. No detalhe, a empresa caça tesouro Odyssey em ação

Dezessete toneladas de ouro e prata, estimadas em US$ 500 milhões. Esse é o tamanho do tesouro resgatado por uma empresa americana do fundo do mar – o mais valioso de que se tem notícia e que é hoje o centro de uma movimentada e provavelmente longa batalha jurídica. O tesouro foi encontrado em maio do ano passado numa embarcação naufragada na costa de Portugal. O resgate foi feito pela Odyssey, empresa caça-tesouros que realiza explorações arqueológicas submarinas com o uso de robôs. O carregamento foi rapidamente levado aos Estados Unidos.

O governo espanhol reagiu logo, e disse que o tesouro vinha da fragata Nuestra Señora de La Mercedes y las Animas, que afundou em 5 de outubro de 1804. O naufrágio teve importantes conseqüências históricas. Mercedes fazia parte de uma esquadra espanhola que foi interceptada por ingleses. Na época, a Inglaterra estava em guerra com a França, mas a Espanha tentava manter-se neutra. Apesar disso, os ingleses requisitaram as fragatas. Diante da recusa espanhola, iniciou-se uma batalha, na qual Mercedes foi atingida, explodiu e afundou, causando a morte de 249 pessoas. Em decorrência do episódio, o rei Carlos IV declarou guerra à Inglaterra em dezembro daquele ano.

Segundo documentos do Arquivo das Índias de Sevilha, a fragata carregava 697.621 pesos, pertencentes a cerca de 130 mercadores espanhóis, e 253.606 pesos que vinham das colônias na América, destinados à Coroa. Segundo as primeiras estimativas, cada uma das moedas de prata resgatadas pode valer até US$ 4 mil. As de ouro, muito mais.
Para o governo espanhol, Mercedes é um navio de guerra afundado durante uma batalha, e o tesouro, portanto, pertence à Espanha. Para a Odyssey, Mercedes é apenas uma embarcação mercante comum. A empresa declarou estar disposta a partilhar o total com os herdeiros dos proprietários dessas riquezas – considerando que, em casos como esse, a companhia responsável pelo resgate costuma ficar com cerca de 80% do tesouro, como recompensa pelo salvamento. Até o Peru entrou no caso, reivindicando que, como as moedas foram cunhadas, com metais vindos de seu território, também teria direito a uma parte. Caso não haja acordo, a justiça americana decidirá como será feita a divisão.

Não é a primeira vez que a Odyssey retira do fundo do mar uma coleção valiosa. Em 2003, a empresa já havia resgatado 50 mil moedas e 14 mil artefatos do SS Republic, afundado na costa americana em 1865, que renderam à companhia mais de US$ 33 milhões.

A Unesco calcula que há mais de 3 milhões de barcos afundados no mundo todo, à espera de resgate. A partir de 2 de janeiro de 2009, entrará em vigor a Convenção da Unesco sobre a Proteção do Patrimônio Cultural Subaquático, para ajudar a preservar essa riqueza submersa e proibir sua exploração comercial.


Cartas de Napoleão revelam personalidade inédita do imperador francês

dezembro 9, 2008
O Primeiro-Cônsul Napoleão cruzando dos Alpes no passo de Grand-Saint-Bernard, 1800

Jacques-Louis David: O Primeiro-Cônsul Napoleão cruzando dos Alpes no passo de Grand-Saint-Bernard, 1800

General atento a cada detalhe da batalha, soldado que discursava perante suas tropas e estadista preocupado com o Governo de sua região, Napoleão Bonaparte aparece refletido em suas cartas inéditas que, pela primeira vez, serão expostas a partir de hoje em Paris. São 1.500 manuscritos que até agora estavam escondidos nos arquivos de um colecionador de Boston e que ficarão expostos até 1º de março no Palácio dos Inválidos, bem próximo ao mausoléu onde estão os restos do imperador.

Napoleão passava mais tempo com a sua caneta do que usando a espada. Se sua obra militar marcou o início da era contemporânea, os testemunhos escritos por ele refletem uma personalidade contraditória e excepcional. “Através destas cartas, é possível observar vê tanto o estadista quanto o ser humano. Além de sua personalidade de conquistador, havia um homem sensível, atormentado pela morte de seu filho, o Rei de Roma”, afirmou à Agência Efe Gérard Lhéritier, proprietário da coleção.

Além de um “evidente estilo literário”, Napoleão dava a suas cartas um toque pessoal, principalmente quando suas cartas eram destinadas a mulheres, a quem “sabia falar e conquistar como conquistava territórios”, segundo o colecionador. As cartas também mostram “o pai, o apaixonado, o financeiro, o homem de Estado”, segundo Lhéritier, que lembrou que Chateaubriand costumava dizer que Napoleão era “um poeta em ação”.

Entretanto, nem todos os originais são cartas privadas. Alguns são documentos destinados à leitura pública. “A opressão e a humilhação do povo francês estão fora de seu alcance. Se entram na França, encontrarão seu túmulo”, disse Napoleão em discurso a suas tropas às vésperas da batalha de Waterloo, segundo um manuscrito feito pelo próprio imperador.

“Para todo francês com coração, chegou o momento de vencer ou morrer”, escreveu quatro dias antes de sua derrota mais sangrenta e definitiva. Em outros documentos, Napoleão aparece como um estrategista que se ocupa dos aspectos mais insignificantes de suas campanhas, prestando uma atenção particular à administração de sua tropa.

No entanto, o general vitorioso, no auge de sua glória, também mostra seu lado mais humano – a solidão do poder. Quando estava em Milão, após derrotar as tropas inimigas, escreveu à sua esposa Josefina: “Daria 20 anos da minha vida para ter você perto de mim”. Carregada de ternura, a carta se refere ao filho que acredita que Josefina estava esperando, uma invenção da esposa do imperador para não acompanhá-lo nas batalhas da Itália. “Adeus, minha adorável doce amiga. Viver para não estar a seu lado, esse é o destino da minha vida”, disse Napoleão no final da carta.

Não são muitos os documentos desta exposição escritos pelo próprio Napoleão. A maior parte é formada por cartas ditadas e assinadas. Apenas nove são escritas por ele. “Napoleão escrevia muito pouco, sua letra era ilegível inclusive para ele mesmo. Por isso, se cercava de cerca de 20 secretários, a quem ditava”, disse Lhéritier. Entre os documentos que serão expostos, figuram os comentários que Napoleão fez após a leitura de “A Riqueza das Nações”, de Adam Smith, considerado um dos primeiros livros sobre economia moderna.

“Era um jovem tenente de pouco mais de 20 anos e já possuía uma visão aguda da política e da economia. Por isso, que escreveu até 13 páginas de comentários sobre a obra”, disse o colecionador. Também não faltam as cartas nas quais Napoleão, já recluso em Santa Helena, se negava a receber cuidados médicos dos ingleses com medo de ser envenenado.

Há ainda correspondências trocadas com seus mais fiéis generais e conselheiros, nas quais expõe sua idéia do Estado, suas críticas à República e seus planos para assaltar o poder. O conjunto foi reunido durante mais de 30 anos por um colecionador americano que há alguns meses decidiu colocá-lo à venda, por isso que chegou às mãos de Lhéritier, dono do museu onde as cartas serão expostas em Paris.

Fonte: Agência EFE


Itália decide valorizar cidades de Mussolini

dezembro 5, 2008
A Casa del Fascio, simbolo da arquitetura fascista, localizado na cidade natal de Mussolini

A Casa del Fascio, símbolo da arquitetura fascista, localizado na cidade natal de Mussolini

Alguns consideram o fato como um exemplo do revisionismo pelo qual a Itália vem passando, com tendência a reabilitar o fascismo. Outros acham que é importante valorizar o patrimônio arquitetônico, independentemente de seu caráter ideológico ou político. O fato é que 22 prefeitos italianos resolveram se unir para, juntos, reformar, preservar e valorizar o patrimônio de suas cidades, todas planejadas e fundadas pelo fascismo, nos anos 20 e 30.

Até há pouco tempo, seria inimaginável valorizar e transformar em atração turística as “cidades do Duce”. Na Itália de hoje, o acordo foi assinado e festejado por prefeitos ligados a partidos de esquerda e centroesquerda, além daqueles que não escondem a nostalgia pelo regime totalitário.

São cidades como Latina, Sabaudia, Pomezia, Aprilia, Pontinia, Guidonia, Colleferro, Carbonia, Torviscosa, Tresigallo, Ferrara, Alghero, Arborea (Mussolinia, na época) e Fertilia, que nasceram seguindo o princípio da arquitetura fascista, inspirada no racionalismo. Elas são chamadas “cidades de fundação” (città di fondazione), povoadas muitas vezes compulsoriamente e construídas em tempo extremamente curto. Carbonia, por exemplo, foi inteiramente erguida em menos de um ano. Seus monumentos, obviamente, exaltam as glórias e princípios do fascismo.

Entre as ações previstas pelo grupo de representantes dessas cidades, está o restauro de vários prédios e a construção de um Centro de Documentação da Arquitetura Racionalista, com sede na Casa del Fascio, um dos monumentos mais emblemáticos da arquitetura fascista, localizado em Predappio, terra natal de Benito Mussolini.

*Graziella Beting é jornalista e tradutora

Para saber mais sobre o Fascismo: http://www.cpdoc.fgv.br/nav_historia/htm/glossario/ev_gl_facismo.htm


Super Cimento Nacional

dezembro 4, 2008

Ciência Hoje Online:

Adição de nanotubos de carbono aumenta resistência e durabilidade do produto

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Mais resistência e durabilidade para o cimento. É o que promete a interação entre construção civil e nanotecnologia. Um experimento desenvolvido na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) obteve um supercimento a partir da mistura de nanotubos de carbono ao material, o que aumenta muito sua qualidade. O produto nacional tem custo mais baixo que o de similares desenvolvidos no exterior.

O físico Luiz Orlando Ladeira, professor da UFMG, conseguiu adicionar nanotubos de carbono à matéria-prima do cimento – o clínquer –, por meio de um novo processo que pode ser incorporado à indústria tradicional do produto. Até então, pesquisas feitas no mundo todo adicionavam os nanotubos ao cimento pronto. O resultado seria um material extremamente caro: um saco de cimento com adição de nanotubos de carbono custaria R$ 15 mil, enquanto o valor da mesma quantidade de cimento tradicional é de apenas R$ 15.

Já o material desenvolvido por Ladeira custará R$ 30, apenas duas vezes mais do que o cimento comercializado hoje. “O ganho de qualidade é tão grande que justifica pagar o dobro”, avalia o físico. E completa: “Tornamos o cimento acrescido de nanotubos de carbono economicamente viável e passível de ser produzido em larga escala pela indústria.” O material já foi patenteado e o pesquisador acredita que estará no mercado em cinco anos.

 

Leia a matéria na íntegra http://cienciahoje.uol.com.br/133361